Um passeio por África

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

fotos de Zanzibar

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Aviso a navegacao

Pessoal, faltam 8 dias de viagem, e como sempre as coisas não estão fáceis!

Ponto da situação:

- Estamos a +/- 3500 kms do aeroporto de Joanesburgo
- O ciclone em Mz criou algumas dificuldades:

1. Estradas cortadas
2. Passar o Zambeze (rio que temos obrigatoriamente de passar) não esta fácil
3. Bazaruto, ilha que estava nos planos... pelas últimas informações que tivemos desapareceu com o ciclone
4. 600 pessoas fugiram de uma prisão.. e ouve-se falar em motins (bom, esta e só mesmo para criar alguma emotividade...não parece que seja coisa para alarmes)

Em suma, o tempo esta apertado para conseguirmos cumprir um dos maiores objectivos desta viagem, dar-vos um abraço no dia 9 de Março!!!!!

O plano para o conseguir é o seguinte

- Amanhã seguimos rumo ao rio Zambeze para tentar atravessá-lo, caso tenhamos sucesso seguimos para a Beira, depois Tofo e finalmente Maputo

Em relacao ao blog também temos algumas novidades:

1- O Blog será actualizado até chegarmos a Maputo (previsto para algures na próxima semana)
2- Já em Maputo, publicaremos os posts de resumo desta aventura. (dia 8)

Vá, já falta pouco, não se acanhem com os comments, como parecem com alguma falta de imaginação, deixamos aqui umas sugestões!

1- "estou cheia de saudades!!!"
2- "voltem rápido!!"
3- "qual e o vosso nib?"
4- "temos uma festa preparada!"
5- "precisam de alguma coisa?"
6- "beijinhos!!"
7- "abraço!"
8- "Voltem!!"
9- "manda-me la o porcaria do NIB!!!"
10- "vá, para me trazerem uma prenda, o que e que tenho de fazer?"

Nos próximos dias vamos então publicar os seguintes posts

1. Nairobi
2. Nairobi by night
3. Massai Mara
4. Careca Homealone - a saga continua!
5. Nairobi - Pemba, ou talvez nao!
(...)

Os restantes, ainda não sabemos como vai ser, mas já estamos preparados para o pior, olha menos mal, sempre traz algum interesse ao blog.. ciclones.. e tal e capaz de vender!!

Por agora e tudo!
vossos e com saudades,

Shaka e Mzuli

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Mombasa

Mombasa foi o destino escolhido para começar a expedição ao kenia.

Apertados de tempo, cingimo-nos ao importante: um dia a passear pelo centro da cidade e a visita ao fort jesus, obra feita pelos portugueses no ano de 1593 para fortalecer o nosso poderio perante o povo swali. Referir também a importância desta cidade que, devido ao seu posicionamento geográfico, foi e ainda é um dos maiores centros de trocas entre África e Ásia.

Por isso mesmo, os portugueses não tiveram vida fácil, perdendo a autoridade sobre o forte que foi mudando de mãos mais do que 9 vezes em menos de 200 anos.

Mombasa, como a grande maioria dos sítios onde estivemos, tem uma forte influencia muçulmana e, mais uma vez, a nossa apetência para conhecer os mafias locais veio ao de cima e tivemos um guia privado ao longo da nossa estadia na cidade. O grande Sultan, a quem ficou prometida uma camisola de Portugal!

Foram 2 dias de grandes caminhadas e onde deu para ficar com uma ideia do ritmo e estilo desta cidade na costa do Kenia. Infelizmente o tempo urgiu e tivemos que apanhar o comboio com destino a Nairobi!

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Adeus Tanzania

Na Tanzania visitámos Dar es Salaam e Zanzibar que conseguiu superar as elevadas expectativas. Tínhamos pensado, 3 meses antes de entrar neste país, realizar mais algumas actividades, como,, por exemplo subir o kilimanjaro (montanha mais alta de Africa) e fazer um safari no seringeti, mas também há 3 meses atrás ainda não estávamos em África e, principalmente, ainda não tínhamos gasto o dinheiro quase todo.

Seja como for, fica o aviso à navegação que tais actividades não são nada propicias aos bolsos dos portugueses (bom.. dos portugueses que continuam a resistir as ofertas apelativas dos bancos para se endividarem… sim!… ainda existem alguns resistentes!)

Mais uma vez sentimo-nos sempre seguros, alias em dar andámos a noite sozinhos sem qualquer problema e sempre nos sentimos bem vindos nos locais onde fomos.

Na Tanzania tivemos o nosso contacto mais profundo com a língua africana mais carismática, o swali. Deixamos aqui algumas palavras do nosso quotidiano neste pais.

Jambo - Ola, como estas!?
Karibu - Bem vindo
Asante sana - Muito obrigado
Mzuri - Estou bem


A Tanzania merece, definitivamente, um regresso! E fica a promessa que a infeliz contemplada a envelhecer ao nosso lado terá direito a uma lua-de-mel em Zanzibar (é bom que tenhas dinheiro ou, caso contrário, o tão utilizado plano b entra mais uma vez em acção e passa-se um agradável fim de semana na costa da caparica!)

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Zanzibar – dar es salam – mombasa

Depois de aproveitar as últimas horas nas praias paradisíacas de Zanzibar, fizemo-nos à estrada para uma das etapas mais longas desta viagem.

Saimos de ngunri de chapa em direcção a stone town, o Jean resolveu ficar mais uns dias em Zanzibar após ter avistado uma inglesa de medidas certas que tinha acabado de chegar aos nossos bungalows (não se livrou, de qualquer das maneiras, de nos emprestar dinheiro para pagar a viagem para a cidade. Estes dias na praia tinham-nos deixado de bolsos vazios e não havia bancos por perto).

No caminho ate à estação de mtatus, passámos pela vila onde conhecemos um mafia que se disponibilizou a encurtar-nos o caminho. Já habituados a estas viagens de chapa sempre lotados, pensámos que não ia ser fácil, mas, como sempre, África surpreendeu-nos!

A carrinha estava a partir, estávamos na traseira e contentes por sermos apenas 7 lá dentro, não que sobrasse muito espaço mas sempre dava para esticar as pernas, estes 60kms iam ser agradáveis, pensámos nos!

100m a frente havia outra paragem que, pelo fluxo de passageiros, faz inveja a qualquer cais do sodre ou aeroporto de Frankfurt! Em menos de dois minutos a carrinha arrancou connosco… e agora mais 23 passageiros.. ja íamos aconchegados.. mas nestas coisas há sempre espaço para mais um, portanto o pico da viagem foram as 30 pessoas. Daqui podem-se sempre tirar coisas positivas, os buracos e mau estado da estrada não se fazia sentir visto estarmos todos compactados! (ou será empacotados?)
Chegámos então a Stone town, tínhamos ainda umas horas para passar na cidade antes de apanhar o barco para Dar. Aproveitámos este tempo para actualizar o blog, Mzuli ficou na internet enquanto shaka foi comprar os bilhetes do barco.

Após uma jantarada, numa zona de comida de rua, seguimos de barriga cheia rumo a Dar. A viagem foi longa, embarcáamos as 20h e apenas desembarcámos em Dar as 6h, não porque a distancia a isso obrigasse, mas porque o porto tem horas para fechar, ou seja, ficamos no mar umas quantas horas à espera que o porto abrisse!

Ainda estávamos com um pé dentro do barco e já nos acenava efusivamente o nosso mafia, mr makota. Como combinado, e mais uma vez ficou provado a utilidade dos mafias, tinhamos um táxi a espera e o bilhete de autocarro para mombasa ja reservado.. assim foi.. 2 horas depois estávamos dentro de um autocarro tipicamente africano (autocarro africano tem o mesmo numero de rodas que qualquer autocarro onde tenham andado, mas a sua decoração da-lhe direito a entrar, para ganhar, em qualquer festival tunning). As suas pinturas de cores vivas e berrantes, as suas 7 colunas sony e o Subwoofer debaixo do ultimo banco caracterizam este veiculo.

O que pensavámos que seria uma viagem dura, tornou-se num passeio agradável, pois por incrível que pareça em cada banco ia uma, e só uma, pessoa sentada e o motorista não quis levar ao red line o seu potente sistema de som.

Nesta viagem, a salientar que passámos a fronteira do kenia, que foi bastante tranquila e onde os policias foram simpáticos e amigáveis!

Novo pais, nova aventura!

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Zanzibar – o paraiso

- Epa… aqui não há muito a escrever…
- Então! E estas praias… os sumos naturais, as gajas boas, esta areia, este ambiente… meu, há muito a dizer!
- Então põe la isso em palavras…
- Humm. Pois…
- Vá insere mas é as fotos!

Tanzania Zanzibar (48)

Tanzania Zanzibar (45)

Tanzania Zanzibar (54)

Tanzania Zanzibar (53)

Tanzania Zanzibar (41)

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Zanzibar - stone town

Após 4 horas de viagem no catamaran chegámos a ilha tão desejada.
Nunca tivemos uma recepção tão calorosa.. mal saímos do barco fomos rodeados de mafias locais que, como já estamos habituados, ofereciam todo o tipo de serviços.

Desta vez não estávamos interessados, furámos o cordão humano com aquela forca que nos caracteriza :), e seguimos segundo o lonely planet para a guest house mais barata da cidade.

Neste dia tivemos ainda a oportunidade de desfrutar o por do sol.. o primeiro na ilha!

Stone town é património mundial da Unesco e tem razoes para isso: muitos edificios antigos e bem conservados entre outras maravilhas que esta cidade nos oferece

Ficámos alojados no haven guest house que, como a maioria dos estabelecimentos do tipo, o dono é muçulmano.
Stone town, com as suas ruas estreitas, inúmeras mesquitas, as vestes da população e a quantidade de barracas de artesanato, assemelha-se muito aos países do norte de África, como por exemplo Marrocos.

Umas das historias a registar nesta cidade foi a nossa tentativa de jantar no restaurante pretendido.

Após o corte de electricidade o chefe dirigiu-se a nossa mesa:

- Desculpem, mas não podemos servir comida
- Então?
- não há luz!
- Então mas o gerador já esta a funcionar… não chega?
- Mas não e suficiente para cozinhar, portanto, pedimos desculpas, paguem as bebidas e procurem outro local na cidade.
- mas nos só pedimos as bebidas para acompanhar o jantar...

Após negociações, e de a luz ter voltado e faltado mais duas vezes, pagámos metade das bebidas e seguimos a procura de um novo restaurante!

Encontrámos, comemos e fomos dormir.

No dia seguinte acordamos pela fresquinha, demos uma volta pela cidade e apanhámos a camioneta 13h para a zona norte da ilha.

O paraíso esperava-nos!

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Dar Es Salam

Uma hora depois de entrarmos no Bazaruto estavámos a aterrar na Tanzania. Como soube bem andar neste meio de transporte!!!

Chegamos a Dar Es Salam. A maior cidade da Tanzania que, a pouco anos, perdeu o estatuto de Capital do pais para a cidade de Dodoma, com o objectivo de desenvolver o interior deste Estado.

Passámos duas noites em Dar, o suficiente para ficarmos com uma excelente impressão da cidade, bonita e vibrante, que transmite a cultura africana.
Pela visita da cidade há a registar a primeira cobra que nos surgiu pela frente e a forte influencia muçulmana que era patente em todas as ruas.

Assistimos, não muito bem vestidos, a um casamento na cidade que, pela quantidade de noivos e noivas, nos fez lembrar as tão tradicionais Noivas de Santo António.
Na primeira noite em Dar… ainda a habituarmo-nos a sermos novamente só dois a viajar… re-encontramos um velho conhecido de Pemba, o Jean.

Como no post de Pemba não o apresentámos, aproveitamos agora para aqui deixar o seu profile.

Nome: Jean
Nickname: O Frances!!!
Favorite Quote: Estou todou fudido.
Ocupacao: Trabalhar 4 semanas, viajar 4 semanas, trabalhar 4 semanas, viajar 4 semanas, trabalhar 4 semanas, viajar 4 semanas… (e assim a vida de um trabalhador numa plataforma de petroleo no mar de Angola!!!)

O Jean acompanhou-nos sempre durante toda a expedição na Tanzania. Tendo sido uma companhia muito agradável imensas historias ficam para ele contar….
Nos contamos uma…

Era cedo quando saímos do backpackers para irmos comprar o bilhete de barco para Zanzibar. Chegando à bilheteira já tínhamos o nosso Mafia Local para tratar do processo. (há muito tempo neste viagem que ficou decretado recorrer aos Mafias quando isso não nos traz prejuízo). Mas… ninguém se lembrou de avisar o Jean.

Assim sendo dirigiu-se directamente a bilheteira para adquirir o titulo para a viagem de barco. E… perguntam vocês… qual e o problema?!

A resposta e simples. O preço do bilhete com o Mafia ou na bilheteira e o mesmo. O Mafia se nos levar pessoalmente a comprar o bilhete recebe uma comissão da empresa. 80% do rendimento dos Mafias passa por estas comissões…os restantes 20% passam por aquilo que conseguem tirar dos bolsos dos turistas mais distraídos. (esta % é nossa… pela experiência nestes últimos 3 meses…)

Bom, voltando à analise do problema, quando o Jean apareceu com o bilhete na mão e sorriso de orelha a orelha os Mafias resolveram mostrar a sua revolta. Após 10 minutos de dialogo acalorado entre o grupo de Mafias presentes e o Jean conseguimos evitar um motim, com o Sr. Makota (o nosso Mafia) a ajudar a atenuar a situacao.

Seguimos então… rumo a Zanzibar.

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Pemba – Dar es Salam

Shaka- Meu, temos que circular. Ja aqui estamos há uma semana. O que se segue?
Mzuli- Epa, no plano A temos a Tanzania como próximo destino mas… era suposto entrarmos nesse pais dia 17 de Janeiro e com mais do triplo do dinheiro que temos agora.

Bom, cingimo-nos ao plano inicial!!! Para ganharmos mais uns 4 dias pensámos em ir de aviao…

Na agencia de viagens:
- Boa tarde. Para ir de avião ate Dar El Salaam, o que e que temos que fazer?
- E muito fácil. Eu trato de tudo. Quando e que querem ir?
- Da para ir hoje? Se não pode ser amanha…

Depois de se ter rido durante um bocado chegámos a conclusão que não iria ser fácil…. África!!!

O voo para o dia seguinte estava lotado mas nos não quisemos saber. Ficámos em lista de espera e com o contacto do director da LAM de Pemba, o Sr. Faisao, e fomos…. beber um copo!!!

Avisaram-nos para estarmos, o mais tardar, as onze horas no aeroporto para tentarmos ficar com algum lugar perdido no avião. As onze horas em ponto… estávamos a acabar de limpar o Careca.
Depois de termos ido ao aeroporto e não ter encontrado o Sr Faisão, fomos ao centro da cidade tentar melhor sorte nos escritórios da LAM.

-Sr. Faisão, boa tarde. Disseram que nos podia ajudar para apanhar o voo para Dar El Salaam.
-Humm, mas quando e que voces querem ir?
-Hoje.
-Hoje?!… Mas o aviao parte em 30 minutos e o check in ja esta fechado. Tem bilhete?!
-Bilhete?! O Sr. Faisão… acha sim!! Não. Mandaram-nos falar consigo…

Após uma pausa de 10 segundo, recompôs-se e disse:

-Então vamos la ao aeroporto ver o que se pode fazer…

Dito e feito. O Sr. Faisão resolveu tudo. Eram 12:30 estávamos nos a pagar o bilhete (e ainda a discutir o preço…) enquando os outros passageiros esperavam, já sentados no Bazaruto.

Tudo correu bem… como “quase” sempre!!!

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sábado, fevereiro 24, 2007

Nairobi

Nairobi Railway Station

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Masai Mara - Quénia

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terça-feira, fevereiro 20, 2007

Pemba

Pemba, foi o destino escolhido após os relaxantes dia na Ilha. Afinal havia um curso de mergulho para tirar uma vez que na Ilha a maquina de oxigénio estava avariada e, à boa maneira moçambicana, apenas estará pronta num futuro pouco próximo. Para além disso tínhamos mais praias por conhecer!
Pemba é um excelente local para passar uns dias… tem bancos!!!, boas praias e 3 ou 4 locais para dormir…. Claro que não ficámos em nenhum destes locais… há sempre um especial para nós. Desta vez foi o campismo muito animado com Dorm Beds baratos.
Sobre este local temos obrigatoriamente de fazer uma apresentação de certas personalidades:

Nome: Iurgan
Nacionalidade: Sul Africana
Cadastro: Demasiado longo…
Favorite Quote: Once upon a time… I ….
Nickname: G.I. Jo.
O Iurgan é um ex presidiário que esteve na legião francesa e que não pode regressar ao seu país. Conta um número incontável de histórias por noite, só fala em milhões e é, decerto, um dos seres mais estranhos desta viagem.


Nome: Jaime
Nacionalidade: Portuguesa
Favorite Quote: Ta tudo bem?
Função: Gerente do campismo.
O Jaime e um Tuga, gerente do campismo onde nos instalámos. Quando chegamos veio apresentar-se e. com as cervejinhas que aparentava ter bebido ate então, tivemos os seguinte dialogo:

Jaime - Boa noite!
Nos- Boas…
Jaime- Sou o gerente, bem vindos..
Nos- Obrigado! Tem quartos?
Jaime- epa, não!! Mas podem acampar.
Nos- Ok. Muito bem.
Jaime- Epa, pera… temos 3 dorm beds…excelente!
Nos - Perfeito…podemos ver?

Pelo caminho…

Jaime - Epa.. não!!!
Nos - Então?!
Jaime - Só tenho 2 camas!
Nos- ok, um fica na tenda.
Jaime- Epa…desculpem… confusões!!

Nome: “Papá”
Nacionalidade: Mocambicana
Ocupação: Cozinheiro do campismo.
Favorite Quote: “e cerveja… e mata-bicho, patrão!!”

Nome: Desconhecido
Nickname: Mafia local
Ocupacao: Vender
Favorite Quote: “amigo, gostava de conversar contigo!”

Do Russel’s Place (nome do campismo onde ficámos) só trazemos boas recordações. Foi uma semana a aproveitar as praias de Pemba, onde pela primeira vez Mazuki e Shaka se separaram nesta viagem: um foi para a ilha do Ibo visitar o tão falado arquipélago das Quirimbas (mais um dos paraísos na Terra), enquanto o outro ficou em Pemba a fazer o curso de mergulho.
Foi em Pemba que demos os últimos retoques no nosso plano que, por razoes orçamentais e de tempo, foi reduzido. (mas não… não vamos voltar mais cedo!!)
Também foi aqui que nos despedimos do nosso companheiro de viagem Hamish, que após um mês de convivência se tornou num amigo…
A recordar que em Pemba encontrámos pela primeira vez o café português. Ficámos bastante satisfeitos… vamos continuar com as buscas, desta vez pela imperial e o tremoço!!!
A nossa viagem segue para os países mais a norte e, mais uma vez, sem o Careca. Desta feita não precisamos de dizer que Pemba merece um regresso… pois vamos ter mesmo que ca voltar!!! Não será como na Zâmbia, agora o Careca não vai ficar sozinho para fazer aquilo que lhe apetecer. Vai ter uma supervisão rija… que esperemos que traga relutados positivos no seu comportamento.
Para o Hamish que nos tem acompanhado desde o Zimbabwe, um grande abraço e uma boa viagem de regresso a casa… voltaremos certamente a encontrarmo-nos…

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Careca na Ilha de Moçambique

Bom, pela primeira vez nesta viagem será difícil encontrar palavras carinhosas em relação ao careca.
Viagem de Nampula à Ilha, com chuva e sem todas as luzes, vidros, relógio, radio e luzes interiores sem funcionar, desmaio por 24 horas nas chocas e 2 dias de arranjo outra vez na Ilha, tornaram o careca uma companhia pouco amigável. Tudo o que é demais e conta errada!
Ao contrario do que tem acontecendo até aqui, o Careca não saiu da Ilha em perfeitas condições de saúde, continua sem as luzes off road, sem os 4 piscas (muito utilizados em África para agradecimentos a outros automobilistas) e sem relógio… e sem isqueiros (muito utilizados para carregar baterias).. bom.. é o careca… que se há-de fazer! Alguém tinha de assumir este papel na viagem!

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Chocas

As chocas é uma praia perto da Ilha de Moçambique. A areia limpa e a água transparente são sem dúvida as suas melhores características. Foi neste maravilhoso paraíso que alugámos uma casa para passar 2 dias. O Harry Potter tratou de encontrar o melhor negócio e revelou também novas potencialidades que desconhecíamos até então: é um excelente cozinheiro.
Antes de seguirmos para as chocas, comprámos na rua 2 lagostas que perfaziam 6.8 kgs, por 500 meticais, bom, 500 meticais é muito pouco para 2 lagostas daquelas… acreditem! 15 Euros.
À compra das 2 lagostas juntaram-se duas excelentes novidades: o harry Potter é um excelente cozinheiro e o Hamish não gosta de marisco. Escusado será dizer que o jantar nesse dia foi divinal, além das lagostas cozinhadas na perfeição, o Genito fez um arroz de coco de chorar por mais!
No segundo dia nas chocas, e prontos a regressar a ilha, o careca resolveu fazer mais uma das suas tão conhecidas partidas.. não pegava!
Carregámos as baterias e continuava a não mostrar muita vontade de se ir embora… acabámos por ficar mais uma noite nas chocas e esperar que o mestre viesse no dia seguinte. Assim foi!
Shaka foi com o careca (agora tinha pegado de empurrão) e com o mecânico a uma cidade perto onde havia todo o material necessário para a cirurgia. Voltou passadas 3h com o Careca, digamos que meio arranjado!
Tivemos assim de passar mais um dia nas chocas. Mzuli pediu a bicicleta do segurança emprestada e foi à vila comprar uns mantimentos enquanto que o Shaka ficou a descansar após o dia atribulado com o cirurgião do Careca.
Foram 2 dias com uma praia espectacular, com excelentes mergulhos e snorkeling nas águas do Indico, e muita farra entre os residentes da casa.
Acordar… comprar peixe na praia… cozinhar na brasa… o que podemos pedir mais!

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domingo, fevereiro 18, 2007

Ilha de Moçambique

A viagem de Nampula não foi uma viagem agradável, a chuva dificultava a visibilidade da estrada e o Careca não tinha todas as luzes a funcionar.. pormenores!

Chegámos a ilha já passava das 23h, atravessámos a ponte e procurámos a casa de Gabrielle. Chagando a casa tudo se modificou, após 5 dias de viagem do Malawi até Cuamba e o mítico comboio de cuamba para Nampula, estávamos numa casa espectacular com uma arquitectura bastante inovadora, acompanhados por uma família simpática, Gabrielle de origem italiana, Eduarda, sua esposa e Moçambicana, e Giovanni e Zaza, os filhos.

A Ilha é um local único e inesquecível. Cheia de edifícios do tempo colonial, infelizmente a maioria num péssimo estado de conservação, e um ambiente seguro e amigável.

Aqui passámos 7 dias da nossa viagem, interrompidos por 2 dias numa praia perto.

Assim que chegámos a ilha, procurámos pelo Harry Potter (a conselho dos manos velhos), mais uma vez as referências dadas foram as melhores, e o Genito (Nome oficial J) acompanhou-nos durante todo o tempo.

Na rua, todos nos conheciam e cumprimentavam, o que obviamente criava em nós um sentimento de conforto. Estávamos em Casa!!

Uma das muitas histórias a recordar destes dias na ilha foi a inscrição do David na escola. O David e um rapaz da ilha que não estava inscrito para o próximo ano lectivo na escola da ilha, dai termos ido a escola inscrevê-lo. Ficou prometido muita atenção nas aulas e boas notas, principalmente um esforço suplementar a ciências sociais, disciplina que o David reprovou no ano anterior.

Na Ilha, a casa de Gabrielle fica situada em frente de uma mesquita. Tivemos sempre a companhia do chamamento da mesquita com umas frases que não traduzimos aqui, não por qualquer razão religiosa ou por incluírem palavras feias, mas sim pela nossa ignorância em relação ao seu conteúdo.

Nas recordações ficam milhares de momentos únicos e histórias passadas aqui, algumas transmissíveis outras nem por isso, entre elas, a vivacidade do Geovanni, a viagem de barco a ilha de Goa, as negociações com a mafia local, o jogo do Benfica (que assistimos acompanhados por mais de 100 pessoas e que em cada passe ou finta mostravam o seu entusiasmo), o jogos da bola com os miúdos da ilha, as caminhadas… bom.. tanta coisa…!

A ilha merece um regresso.. ou ate mais!

Ahhhh… quase nos esquecíamos de contar a visita ao hospital da ilha… bom.. ficar doente na ilha is not good for business!! E mais não dizemos!

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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Cuamba - Nampula

Depois de 2 dias em Cuamba estavamos entao prontos para seguir viagem rumo a ilha de mocambique, infelizmente quem nao parecia estar pronto era o careca, que quando lhe pediamos que deslocasse da pensao para a estacao de comboios nao dava sinais de vida. Resolvemos entao em primeiro lugar, confirmar que existia um vagao disponivel para levar o Careca. Seguimos a pe para a estacao, chovia intensamente.

- Entao e podemos levar o carro?
- Sim, chegou um vagao! Portanto, sao 3 pessoas na primeira e 1 carro.
- Mas nos nao vamos na primeira!
- Entao...
- Queremos a segunda classe!
- A carruagem esta avariada!
- hummm.. entao queremos a economica
- mas patrao nao vai na economica...
- Vamos no bar, nao ha problema!
- Pois a carruagem do bar tambem esta avariada!
- Entao pronto vamos na primeira!
- Pois mas a primeira esta cheia!

Bom, a comunicacao nao flui-a da melhor maneira pelo que resolvemos nao comprar o bilhete e resolver o assunto dentro do comboio.

- Pronto va, agora vao la tratar do carro
- Entao e onde vamos por...
- Ali naquele vagao!

Apontava para um vagao com largura para o Careca de porta fechada e comprimento para o Careca sem atrelado!

- Humm, ok! vamos entao buscar o carro.

Chamado o mestre da terra, a missa nao parecia facil:

Aquela hora era impossivel encontrar bateria na cidade e o nosso comboio partia as 5h da manha. Pedimos entao ao mestre que nos emprestasse a bateria do seu carro, e mudassemos para o Careca de modo a po-lo no comboio, assim foi!

Apos a demorada manobra para por o Careca no vagao, um seguranca aproximou-se

- Entao e as cordas
- Cordas? aaa sim temos aqui....

Tiramos orgulhosamente a nossa pequena corda que ja nos foi bastante util em outras situacoes, nesta nao parecia ser suficiente

- Mas isso nao e uma corda!
- Entao nao e?
- Epa.. isto para ficar bem sao preciso 4 cordas.

Bom este processo demorou perto de duas horas debaixo da chuva intensa, de um tipico dia de verao em Mocambique. Fomos ao mercado fora da aldeia, onde apos tanto procurar, encontramos as unicas 3 cordas disponiveis. Depois de amarrar o careca, resolvemos ocultar ao chefe da estacao queo careca se encontrava sem uma bateria, fomos descansar ate a partida par Nampula.

Ja no comboio, vimos confirmar a informacao de que a primeira classe estava cheia e que a economica transbordava! Apos negociacoes, conseguimos permissao para ficar no chao do corredor da carruagem da primeira classe (ja que nao existia chao disponivel nas carruagens restantes) Foi nesse mesmo chao que dormimos durante os primeiros 15m de viagem, seguimos entao para o plano b, fomos visitar a carruagem das bagagens quando encontramos um bar popular com especialidade Sandes de Ovo e 2m.
Apos este achado, as restantes 11 horas, ate se passaram confortavelmente em pe conversando com o pessoal que ia passando. A conversa mais longa e animada, foi com o chefe do comboio, o chefe da seguranca, e o policia que apos as 2 primeiras 2m parece que saiu de servico.

Chegando a Nampula, a confusao era aquela que ja nos vamos habituando. Acompanhados por um amigo de viagem, fomos ao mercado local arranjar uma nova bateria para o Careca. Como sempre as coisas nao foram assim tao lineares, e apenas conseguimos sair de Nampula ja era noite.

Finalmente estavamos a caminho da ilha de Mocambique, destino tao desejado, nestes ultimos dias! Acompanhados por mais uma chuvada, chegamos a casa de Gabriele saos e salvos!

Mocambique - Cuamba

Depois da viagem entre Blantyre e a fronteira, onde a registar apenas mais alguns encontros com a policia local, chegamos a Mocambique.
Na fronteira podemos voltar ao nosso portugues

- Entao amigo, tudo bem?
- Tudo, para onde vao?
- Vamos para a ilha, entao e viu ontem o glorioso?
- Sim.. claro.. Ganhamos!! :)

Esta o Mzuli a sair do escritorio da fronteira em passo acelarado para ir buscar documentos ao Careca quando e interceptado por um policia

- Entao amigo!
- Esta a falar comigo?
- Sim... (chiuuuuu)
- Desculpe nao estou a perceber...

Apontado para a bandeira, manteve-se em silencio, foi ai que Mzuli percebeu que estavam a descer a bandeira, momento que e vivido em silencio. Mzuli respeitou o silencio e seguiu para o Careca.

Esta fronteira foi bastante amigavel, ainda ficamos na conversa com os policias presentes ate seguirmos para Cuamba. A viagem nao foi facil, visto o estado da estrada nao deu saude nenhuma ao Careca.
Chegando a Cuamba fomos para a pensao barata da cidade onde passamos noite e meia, visto termos partido para Nampula de comboio as 5h da segunda noite.
Sobre Cuamba, ha pouco a dizer, e uma cidade no interior de mocambique, onde as pessoas como sempre ate aqui foram muito simpaticas conosco e onde estabelecemos contactos com pessoal na Beira que nos convidou para la ficar aquando da nossa viagem de regresso para Maputo. (ultima etapa desta aventura.. em principio!)
O highlight desta passagem por Cuamba aconteceu na noite anterior a partida e ficara descrito o proximo post.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

IBO

Ibo  - Moçambique Moçambique

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Ainda Ibo

Ibo  - Moçambique Moçambique

Ibo

Ibo - Moçambique Mozambique
Regressamos em força: com fotos! Em breve mais algumas descrições do que tem acontecido.